Nossa História

Conheça a história do Núcleo Espírita Irmã Scheilla

Desde antes da fundação oficial, os fundadores já trabalhavam em prol da população carente de Londrina. 

Além do atendimento com fornecimento de cestas básicas, roupas e utensílios domésticos, visitas eram realizadas nos bairros mais carentes, visando conhecer a situação e realidade daquela população.

Antes da fundação

Em 1980 o Núcleo Espírita Irmã Scheilla (NEIS) era um departamento da SEPS – Sociedade Espírita de Promoção Social, denominado na época de Dispensário Irmã Scheilla e oferecia como principais atividades palestras de evangelização e entrega de cestas de alimentos para ajudar famílias carentes da periferia de Londrina.

Com o passar do tempo, várias mudanças ocorreram. Uma delas foi a concentração de esforços somente para um bairro, o Jardim Marabá, conhecido na época como “favela do Marabá”.

À medida que o trabalho foi crescendo, o Irmã Scheilla foi capaz de adquirir um terreno no bairro, onde construiu-se o primeiro espaço da sede da entidade.

Fundação do Irmã Scheilla

Mesmo que sua história tenha começado bem antes, no ano de 1987, quando já era ministrado o curso de datilografia para os jovens das regiões de periferia de nossa cidade, a data oficial de fundação do Núcleo Espírita Irmã Scheilla foi em 11 de setembro de 1994.

Desde então a equipe de voluntários, liderada pelo Professor Ivan Dutra e sua esposa Nadyr Dutra, com muito esforço e superação foi gradativamente adquirindo novos terrenos e ampliando os espaços de atendimento e serviços prestados na região.

Como os Jovens eram promovidos no início

Para promover os jovens residentes no ambiente de risco, no qual a violência, vícios e criminalidade eram realidades constantes, seria necessário fazer com que eles conhecessem ambientes mais sadios.

Diante disto, veio naturalmente a ideia de cursos profissionalizantes. Assim, seriam atingidos dois objetivos:

1) Convivência dos jovens com melhores ambientes no emprego;

2) Melhoria da renda das famílias carentes.

O primeiro curso semi profissionalizante

Antes de iniciar o curso os voluntários efetuaram uma pesquisa nas moradias do bairro, identificando quais cursos profissionalizantes eram de interesse dos jovens.

A preferência recaiu sobre a datilografia. Isto era explicável: Londrina não é uma cidade industrial, ela se caracterizava pelo comércio e serviços.

Foi criado então, um curso de datilografia aproveitando uma escola particular do Bairro, no qual os voluntários angariavam “bolsas de estudo” para que os jovens realizassem o curso.

A preparação necessária

Com o passar do tempo, percebeu-se também que não bastava apenas a capacitação profissional, era necessário mudar a atitude comportamental.

Iniciaram-se então as aulas de evangelização para as crianças, os adolescentes e jovens, com o intuito de dar-lhes a formação moral e ética, para promover as mudanças necessárias e viabilizar a inserção no mercado de trabalho.

Os primeiros resultados

Ao receberem o “diploma de datilografia”, os primeiros alunos queriam trabalhar e não conseguiam empregos.

Isso forçou os voluntários a procurarem os empresários, o que foi feito por telefone ou em visitas pessoais.

A maioria das empresas elogiavam o trabalho do Núcleo, mas alegavam que não havia necessidade de novos funcionários, uma minoria, quando descobriam que tratava-se de uma instituição espírita, sequer davam abertura para conversas e negociações.

Nesse tempo, como não havia nenhum tipo de incentivo legal às empresas, o Irmã Scheilla criou seu próprio programa de incentivo: no acordo, a empresa contratava o jovem e ficava responsável pelo pagamento do salário, a entidade assumia o pagamento dos encargos salariais por um período de três meses. Após esse período, se o jovem atendesse às expectativas do empregador, ele assumiria também os encargos até então pagos pelo Núcleo.

Quando surgiu a lei 10.097/2000, que regulamentou o trabalho do jovem com idade a partir dos 14 anos e estipulou cotas que obrigam as empresas a contratarem jovens aprendizes, proporcionalmente ao número de funcionários que possuem, o Núcleo adequou-se a esta lei e passou a trabalhar de forma sistematizada.

O Irmã Scheilla possuía em seu quadro de trabalhadores apenas voluntários e a maioria deles não possuíam disponibilidade em tempo integral, principalmente durante a semana, já que possuíam alguma atividade profissional.

Por volta do ano de 1993, o Prof. Ivan contratou através de registro em carteira profissional uma pessoa com objetivo principal de manter o relacionamento do Núcleo com a sociedade, esta pessoa participava das reuniões nos órgãos públicos onde havia interesse ou relação legal com o Núcleo e reportava a diretoria. Poucos anos depois foi incluída uma secretária ao quadro de funcionários, já que o Núcleo possuía algumas empresas que contrataram os jovens e era preciso fazer o relacionamento e encaminhamento de documentações exigidas pela lei.

Necessidade de mudanças em 2022

Com a proibição do trabalho de menores de 18 anos no período da pandemia, ficamos impossibilitados de inserir novos jovens no mercado de trabalho. Os contratos vigentes nesse período continuaram em vigor, mas os jovens permaneceram em casa, participando de aulas online na instituição. Porém novas contratações não foram feitas, a medida que os contratos venciam e não ocorria novas contratações, o número de jovens no mercado de trabalho foram reduzindo, retando ao final, menos de 10 jovens ativos. Outra consequência não não inclusão de novos jovens no mercado de trabalho, foram as novas normatizações na lei do aprendiz, que determinava a contratação de jovens ligados a determinados segmentos, impossibilitando o Irmã Scheilla de participar da concorrência.

Isso fez com que o programa Jovem Aprendiz se tornasse inviável.

Para dar continuidade ao atendimento das famílias da região, firmamos uma nova parceria com a Prefeitura Municipal de Londrina, através da Secretaria de Assistência Social. A partir do contrato em vigência, disponibilizamos o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) para crianças e adolescentes de 6 a 14 anos. Até o momento, as atividades com este público são desenvolvidas durante a semana no período da manhã.

Também após a pandemia, voltamos a atuar no programa de Educação Moral, que atende crianças e jovens com idade entre 3 a 15 anos, e tem como objetivo principal a transformação moral desse público, com temas voltados a ética, valores, família e sociedade.

Agende uma visita para nos conhecer

Venha conhecer o Núcleo Espírita Irmã Scheilla, teremos grande prazer em lhe apresentar nossa estrutura e nossos programas de atendimento à comunidade.